P.O.V LIANNE BIEBER
Estava na
casa do papai Jai, juntamente com o vovô Jeremy. O que era estranho era o fato
de Jai não ser filho de Jeremy e mesmo assim ele ser meu avô. Posso ser
pequena, mas sou sabia. Minhas orelhinhas estão abertas dia e noite.
Vovô Jeremy
havia saído para ir comprar pão e havia me deixado jogando Just Dance 4 no
Xbox. Eu sentia falta da minha mamãe, nenhum deles me explicou direito o que
havia acontecido, ela sempre está se machucando e tendo que ir para o hospital,
isso me deixa muito confusa.
O que me
confundiu ainda mais foi o fato de eu escutar gritos desesperados várias vezes
á noite. Eles vinham exatamente do porão. Aquilo me deixava assustada, mas eu
abraçava meu vovô com força e voltava a dormir. Mas eu ainda não engoli essa
história direito.
Suspirei,
diminuindo o volume da televisão e sentando-me no sofá com pernas de índio.
Concentrei-me em manter silêncio absoluto. Era também possível ouvir os tais
gritos durante o dia, mas era quase imperceptível. Fechei os olhos e mantive
foco no que precisava escutar.
E bingo!
Alguns
murros fizeram a parede da mansão tremer. Meu corpo todo se amoleceu e eu me
senti ainda mais indefesa. Após os murros, os gritos vieram á tona. Gritos
agoniados e roucos. A cada dia que se passava, os gritos iam se diminuindo de
volume e intensidade cada vez mais.
- Ei, tem
alguém ai? – Gritei, procurando por uma resposta. Caminho pelo corredor,
sentindo os gritos cada vez mais próximos. Havia um tapete bem no meio do
corredor, fazendo-me escorregar e quase bater de cara na parede. Apoiei minhas
duas mãos com força, fazendo um enorme barulho ao meu lado. Era isso mesmo que
eu estava vendo? Uma parede falsa se abriu? Eu pensei que isso só existisse em
filmes de ficção científica.
Havia uma
escada que não hesitei em descer, caminhando com calma e cautela. Assim que
cheguei ao chão, encontrei-me em um lugar completamente imundo e aterrorizante.
Mais uma vez um grito alto foi liberado e ecoou por todo o local, assustando-me
e fazendo com que eu caísse sentada no último degrau da escada.
-
AAAAAAAAAAAAAAAAAAAAHHHH! GRRRRRRRRR! – Eram urros, como se alguém estivesse
sendo apunhalado.
- Quem está
aí? Quem está ai? – Perguntei apavorada, levantando-me do degrau e caminhando
até a grande porta de ferro, de onde vinham os gritos.
- GRRRRRRR!
GRRRRRRR! – Era como se tivesse um animal dentro daquilo. Eu estava cada vez
mais assustado. Algumas lágrimas já começavam a cair sobre meu rosto.
- Pelo amor
de Deus, o que é isso? – Murmurei soluçando. Assustei-me ainda mais quando uma
criatura completamente descabelada e machucada agarrou as grades de ferro com
força. Soltei um grito apavorado, enquanto a criatura de dentes afiados fazia de
tudo para tentar me alcançar que estava espremida na parede. – Quem é você? Socorro!
Assim que
resolvi me retirar dali, percebi a parede estar fechada. E eu não fazia idéia
de como ela havia sido aberta pela primeira vez. Corri até ela, arrancando mais
gritos horrorizantes da mulher, que tentava passar pela pequena grade. Comecei
a bater desesperadamente sobre a parede, fazendo de tudo para que ela fosse
aberta novamente.
- Por favor,
abre! Tira-me daqui! Socorro!
- Lianne...
– Meus olhos se arregalaram e eu olhei a mulher completamente assustada. Era
como se ela estivesse se desfalecendo, perdendo o sentido de tudo. Mas ei... Eu
a conheço de algum lugar. As lágrimas me impediam de raciocinar, eu estava
apavorada, aqueles dentes afiados me lembravam o papai Jai... Quando tentou
atacar eu e a mamãe.
Mamãe.
- MAMÃE!
P.O.V JUSTIN BIEBER
- Quer
ketchup no seu sanduíche? – Olhei para o chão, aonde se encontravam a maioria
dos nossos homens mortos e logo depois olhei para as mãos de Jai, que seguravam
o molho. Fiz uma péssima careta e joguei o sanduíche no chão.
- Perdi o
apetite. – Murmurei. – Nunca vi tanta pessoa morta junta.
- Qual é
molengão. – Jai reclamou rindo. – Sai dessa vida.
- Sai dessa
vida é o cacete, seu bundão do caralho. Já imaginou se fosse algum de nós
porra?
- Mas é
claro que não será. – Ele se levantou, também largando seu sanduíche. – Vamos
pensar positivo, vamos conseguir sair daqui com a droga daquele livro para
salvar á Demi. Estamos á um passo.
- Ele tem
razão cara. – Chaz disse. – Vamos pensar positivo.
- Isso me
faz revirar o estômago. – Eu estava incomodado. – Porra, eu nunca estive tão
perto da morte por alguém. Por um amor de anos atrás.
- Não
importa o tempo. Até porque, é ele mesmo que ajusta as coisas. Se não deu certo
ainda, é porque ainda não estava na hora. E se não passou, é porque ainda tem
coisa pra acontecer. – Ryan disse amargurado. No momento que percebi a
intensidade de suas palavras, engoli em seco e dei um passo a frente,
balançando a cabeça.
- Nunca quis
que isso acontecesse.
- Nenhum de
nós quis. – Ele aumentou o tom de voz.
- Gente, sem
brigar agora pela madame! – Caroline se exaltou. – Vamos prosseguir. Jai, pegue
o seu mapa.
- Aqui está.
– Ele entregou o mapa nas mãos de Caroline.
- Oh meu
Deus! – Ela parecia surpresa. – O livro está bem ali!
- A onde que
eu não estou vendo nada? – Tentei enxergar no breu que estava no corredor.
Parecia que realmente estávamos no fim, afinal, os ecos haviam desaparecido.
- Bem ali! –
Caroline ligou a lanterna, iluminando um espaço como uma espécie de capela. Era
sinistro. Havia velas em volta do livro, que era guardado como se fosse um
humano. Estava em um lugar exclusivo, todo acolchoado.
- Justin,
até a onde vai o seu amor por Demi?
Pensei um
pouco.
- Qual é,
admita. Você a ama.
- Eu a amo e
farei de tudo para trazer sua vida normal de volta.
- Então
Caroline, Chaz, Chris, Ryan, quero que todos vocês passem correndo por toda a
pirâmide e estejam fora em menos de 10 segundos. As armadilhas estão travadas,
mas não garanto nada. Por isso, passem rapidamente. Dependendo da velocidade,
nenhuma será disparada.
- Certo! –
Eles concordaram, se preparando e fazendo o que Jai havia pedido.
- E aí, qual
é o lance?
- Não se
importe comigo, apenas quando eu lhe entregar o livro, eu quero você fora desse
lugar imediatamente, me ouviu?
- Do que
está falando?
- APENAS FAZ
O QUE EU TÔ MANDANDO PORRA.
- NÃO GRITA
COMIGO NÃO! TÁ PENSANDO QUE É QUEM?
- NÃO TEMOS
TEMPO PRA ISSO JUSTIN, APENAS ME OBEDECE E DEPOIS IRÁ ME AGRADECER.
- HÃ?
Jai passou
correndo pelo local que separava-nos da mini capela. De repente, toda a
pirâmide começou a tremer. Olhei para Jai em desespero, vendo o livro de poção
em suas mãos.
- Salve-a,
por favor. É tudo o que eu peço. – Arregalei os olhos e ele lançou o livro até
mim, que eu peguei em minhas mãos.
- VOCÊ NÃO
VEM? – Gritei pelo barulho.
- FORA DAQUI
PORRA.
- JAIME!
- VAI SER
FELIZ MOLEQUE, AGORA, SAI DAQUI. SALVE A VIDA DELA.
Alguns
pedaços já estavam começando a despencar, olhei com piedade para Jai, mas fiz o
que ele pediu. Sai da pirâmide em segundos, e se não fosse por pouco, ela teria
desabado em minha cabeça.
- Justin! –
Caroline gritou apavorada. – Cadê o Jai?
- Ficou lá
dentro. – Disse em um murmúrio.
- Puta que
pariu! – Ela soltou surpresa. – E agora?
- CAROLINE,
CORRE. – Gritei em desespero, ao reparar que toda a estrutura da pirâmide vinha
á baixo. Nós corremos depressa para o mais longe possível que conseguimos da
pirâmide. Ela tinha literalmente desabado. – PORRA.
- Calma
Justin! – Ela se levantou do chão. – Vamos dar o fora daqui?
- Cadê os
moleques? – Perguntei nervoso.
- Já foram.
Eles estavam ajeitando o helicóptero para sairmos o mais depressa possível.
- Pois então
vá na frente. Depois eu chego lá.
- Mas vamos
nos atrasar por sua causa.
- Eu aluguei
um avião. Podem ir tranqüilos. NÃO esperem por mim.
- Tudo bem.
O que vai fazer aqui?
- E desde
quando eu te devo satisfações da minha vida?
Ela engoliu
em seco.
- Nos vemos
mais tarde. – Caroline deu-me as costas.
Resolvi
caminhar até os restos da pirâmide, que estava em mil pedaços. Mesmo sabendo
que era inútil, tentei procurar por Jai. Ele poderia ainda estar vivo no meio
dos destroços. Caminhar por aquele local era extremamente assustador.
Lembrar-me de que minutos atrás eu estava dentro daquele lugar e ele
simplesmente não existia mais.
Havia
algumas partes que estavam erguidas por ali, o que me fez afastar um pouco.
Aquela pirâmide era imensa para ter despencado toda de uma vez só. Apenas
caminhei pelos locais mais seguros e que estavam ao ar livre. O que me deixava
indignado era que a pirâmide era subterrânea. Jai com certeza estava
completamente soterrado. Impossível recuperar.
Eu só não
sei porquê me importo tanto. É estranho. Eu sempre desejei a sua morte e agora
eu simplesmente quero ajudá-lo. Acho que é porque nos aproximamos muito nesses últimos
dias. Ele se demonstrou um cara extremamente legal. Eu gostaria de tê-lo
conhecido melhor. Que ele vá para o melhor lugar.
Fiquei tanto
tempo naquele local apenas refletindo, que mal vi o tempo passar. Só me
despertei quando meu celular começou a tocar em uma altura absurda. Saí de cima
daquele monte de destroço e poeira e desbloqueei a tela, atendendo-o.
Início de Ligação
- Alô?
- Justin.
Justin, corre. – Dizia uma voz ofegante do outro lado da linha.
- Quem é,
porra?
- Estamos
sendo perseguidos. – Ele fez uma pausa. – É o Chaz cara. Você tem que dar o
fora o mais rápido possível pra França.
- Como é que
é? – Disse histérico.
- A polícia
já foi acionada, como esperado. Mas perdemos muito tempo. Eles estão atrás de
nós. Fuja, AGORA.
- Mas e a
Demi?
- Justin, ela
ta morrendo cara. Se você não for rápido, fodeu.
- Mas porra,
são vocês que sempre raciocinam tudo. Como vou pensar com tanta pressão? Eu nem
sei que poção é!
- Seguinte...
Você vai voltar pra Los Angeles o mais rápido possível e vai preparar a poção
para Demi. Todos os ingredientes já foram comprados e estão no depósito de Jai.
No momento em que fizer isso, você foge com ela IMEDIATAMENTE para França.
Quando conseguirmos despistá-los, eu mando o dinheiro pra vocês. Não pensem em
nada. Apenas fujam.
- E aí eu
preparo a poção e dou pra ela beber?
- Exato.
- E a magia
negra dentro disso tudo?
- Está no
ritual que você terá que ler durante o procedimento. Agora vai, confiamos em
você!
- E eu em
vocês.
Fim de Ligação
Corri em
direção ao helicóptero que havia vindo, ele estava á alguns metros de
distancia. O meu piloto me aguardava e eu adentrei o local o mais rápido que
pude. Se eu não corresse contra o tempo, ela poderia morrer.
E eu não
podia perdê-la.
Eu já a tive
morta várias vezes em minhas próprias mãos.
E elas nunca
foram em vão.
Se depender
de mim, ela vai sair viva.
[...]
Quando coloquei os pés no jardim de Jai, saí correndo feito um louco com aquele livro que pesava toneladas. Quase derrubei a porta de tanta pressa que estava. Assim que Jeremy a abriu, nem dei-lhe explicações. Apenas passei feito um jato por ele e corri imediatamente até o porão. Encostei minhas duas mãos na parede e esperei que ela identificasse minhas digitais, mas falhei. Tentei novamente, porém, sem sucesso.
Droga de porta! Por que você tinha que travar justamente agora?
- Ei Justin! - Meu pai me puxou da parede, fazendo-me derrubar o livro no chão. - Não consigo encontrar Lianne de jeito nenhum.
- Calma aí, Jeremy! É muita coisa para um ser humano só. - Disse ofegante. - Eu tenho que salvar a Demi.
- Sua filha está em perigo.
- As duas mulheres da minha vida estão em perigo! Dá pra parar de ter ataque e me ajudar?
- Eu saí para ir na padaria e quando voltei não a encontrei em lugar nenhum. Isso já tem quase três dias.
- Droga! Só pode ser isso. - Esbravejei. - A Lianne tá presa no porão.
- Como ela entrou aí?
- Essa droga de porta dele ter identificado as digitais dela como as minhas. Agora ela tá presa lá dentro e a gente aqui fora.
- Não é possível. Ela não pode estar lá Justin. Esqueceu que a Demi é vampira? Esqueceu que ela poderia simplesmente devorá-la lá dentro? Ela está desaparecida á três dias!
- Porra Jeremy, você tinha que ter invadido!
- Mas não colocaram minhas digitais aí.
- LIANNE! - Bati na parede, tentando emitir algum som lá dentro. - LIANNE, VOCÊ ESTÁ AÍ?
...
- LIANNE! FILHA! VOCÊ ESTÁ AÍ?
- Papai Jai?
Era mesmo necessário eu levar aquela facada no peito?! Já não era sofrimento demais?!
- Não... É... Lianne... Eu preciso que você coloque as duas mãozinhas na parede. Faz isso pro tio?
- Finalmente alguém veio me salvar. Eu estou desesperada.
- Calma, vai ficar tudo bem.
Aguardando alguns minutos, a porta foi finalmente aberta. Ela saiu de lá e me abraçou rapidamente, como se eu fosse seu maior protetor. Apertou seus bracinhos com força contra o meu pescoço e começou a chorar. Ela parecia desesperada.
- Tio Justin! Tio Justin! A mamãe é um monstro. Ela é um monstro! Ela queria me matar.
- Como a sua mãe tá?
- Ela caiu no chão. Parece que se espatifou lá dentro. Fez um barulho de coisas se quebrando... Eu estou assustada Tio Justin! Ela está igual ao papai Jai. Ela está! - Seu choro estava mais alto e desesperado. - Eu quero sair daqui.
- Calma, Lianne... Fique ali com o seu vovô. Eu já volto! - Levantei-me do chão. - Jeremy, distrai-a. Eu preciso salvar Demi!
- Tudo bem.
Apanhei o livro no chão e passei pela porta com urgência, largando-o em cima da bancada e corri até a grade, tendo a visão de Demi estirada ao chão, com os olhos semicerrados e completamente seca. Pele e osso. Pude perceber que ela ainda estava respirando, pelos movimentos lentos em seu peito.
Corri até o armário que havia ali e peguei todos os ingredientes, colocando-os em cima da bancada ao lado do livro. O abri e fui foleando, para achar o tal feitiço. Por sorte, não demorei muito. Peguei o grande copo do Liquidificador e fui despejando todas aquelas tralhas que o Jai havia arrumado, na ordem em que o livro mandava. Liguei o liquidificador e esperei bater, até que virasse uma papa estranha vermelha.
Despejei em um outro copo e bati em uma panela, tudo que se pedia do restante dos ingredientes. Transformou-se em um molho pastoso, que eu joguei juntamente com aquela papa que estava com um odor terrível e misturei, vendo aqui-lo se transformar em um líquido escuro e grosso.
Li as últimas linhas que haviam no final da folha, aonde indicava o fim dos ingredientes da poção.
- Uma gota de sangue do amor verdadeiro.
O que eles querem dizer com isso? Eles estão de brincadeira com a minha cara? Que amor verdadeiro? Quem é o amor verdadeiro dela?
Pensei por alguns segundos e cheguei a conclusão que poderia ser eu.
Ou talvez não.
Mas de qualquer forma, seria eu. Era o único que havia ali. Se eu realmente fosse seu amor verdadeiro, eu recuperava a sua vida.
Se não fosse, não faria muita diferença.
Ela morreria e levaria meu coração junto.
E ela arrancaria meu coração com uma estaca se ela não me amasse mais.
Fui até a grade do pequeno armário de tralhas que havia ali e puxei um arame farpado, espetando o meu pulso. Rapidamente o sangue começou a sair e eu deixei que pingasse algumas gotas sobre o copo aonde se encontrava aquela gororoba. Misturei mais uma vez com a colher e não me importei se meu braço continuasse sangrando.
Corri até o grande portão e o abri. Demi não havia mais forças para nada. Ela estava desfalecendo sobre o chão. Ela dava seus últimos suspiros e aquilo fez o meu coração simplesmente se disparar. Eu não podia deixá-la morrer.
Corri até a bancada e peguei o livro, carregando-o em um braço e apanhando o copo, segurando-o em minha outra mão. Voltei para o lugar aonde Demi estava aprisionada e agachei-me com cuidado, lendo atentamente o que estava escrito no livro.
"Pequena gota de sangue..."
"Por quantas vezes você escorreu?"
"Cure esta grande ferida..."
"E traz de volta o que um dia já foi meu."
Pousei o livro ao chão, levando o copo até sua boca. Antes que pudesse fazê-la beber, o líquido começou a borbulhar e tomar-se por uma cor esverdeada neon. Assim que ela se apagou, puxei seu lábio inferior com cuidado e coloquei o copo em sua boca, tombando o líquido. Ela conseguia bebê-lo. Eu só não sei de onde ela encontrava forças para fazer aquilo. Ela estava realmente muito fraca. Era outra pessoa bem ali.
Mas naquele momento eu percebi que beleza realmente não importa. Tem razão que quando ela se arrumava lindamente só para mim eu me sentia bem atraído. Mas naquele momento, eu só queria vê-la respirando como um ser humano. Não importa se ela ficasse daquele jeito para sempre. Eu tinha certeza que a amava mais que tudo e que ela era o meu tudo.
Despertei-me de meus devaneios quando percebi que ela estava com os olhos abertos e segurava o copo para beber todo o líquido. Meus olhos se encheram de água e uma lágrima escorreu após a outra, sem que eu mesmo percebesse. Sem que eu tivesse controle de meu corpo.
- Meu amor... - Murmurei. - Você vai ficar bem... Eu sei que vai.
Vi-a sorrir e largar o copo vazio ao chão, de uma vez só. Seus olhos se arregalaram e seu peito parou de movimentar. COMO ASSIM?
- DEMI, DEMI! PORRA DEMI, DE NOVO NÃO. - As lágrimas saíam com mais facilidade e rapidez agora. - JÁ É A SEGUNDA VEZ QUE TE VEJO MORTA, JÁ É SEGUNDA VEZ QUE VOCÊ MORRE EM MEUS BRAÇOS.
Joguei o meu corpo para trás e deixei-o cair com tudo no chão, começando a chorar desesperadamente. Eu não acredito que ela realmente se foi. Eu não me arrependo de nada que fiz por essa mulher, eu não me arrependo de ter lutado feito um condenado para salvá-la. Eu só não sei se vou conseguir aguentar isso.
Estava de olhos fechados e deixava as lágrimas caírem, eu soluçava alto, não estava aguentando de tanta dor. Eu nunca pensei que sofreria tanto vendo-a morrer. Eu jamais imaginei que ela causaria todo esse impacto.
Eu sentia como se tivessem feito 300 furos em volta do meu peito e depois arrancassem o meu coração. Eu me sentia como se estivesse sendo pisoteado por milhões de pessoas. Eu me sentia morto. Eu gostaria muito de saber aonde minha alma havia ido parar naquele momento. Eu me sentia culpado por não ter sido bom suficiente para ela.
Estava sentado, com os as pernas dobradas e a minha cabeça entre elas, não queria encará-la, eu simplesmente não queria ver aquilo acontecendo. Eu não queria aguentar aquela dor, aquela pressão. Eu não sou forte suficiente pra isso.
- If I could just die... in your arms. I wouldn't mind... - Ouvi uma voz rouca e um pouco fraca cantarolar. Levantei a minha cabeça para cima e foi inevitável não sorrir ao vê-la me olhando daquela maneira. - I love you.
15+ COMENTÁRIOS PFVR
E aí, o que acharam? KKKKKKKKKKKKK Fico legau né? risox
Pra quem não sabe o que significa "If I could just die in your arms, I wouldn't mind" Pesquisa no google tradutor...
Mentira, afksdjfds
- Se eu pudesse morrer nos seus braços, eu não me importaria.
Awn *-*
Falem comigo no twitter: @ArianaNutella, grande beijo. xoxo
MAMMA AMA VCS PONEIS S22